Planejamento ecossistêmico

Planejamento ecossistêmico

  1. Planejamento Estratégico-Ecossitêmico-Participativo
  2. Biorregionalismo, Ecovilas, eco-bairros, dimensão coerente da cidade.
  3. Habitação Cooperativa, cohousing e bioclimática urbana.
  4. A cidade para as Crianças, a cidade universal e o foro da assembleia.
  5. Espaços públicos transcendentes, integrados, harmônicos e terapêuticos.
  6. Água, hortas, reciclagem e permacultura. Elementos do desenho urbano.
  7. Comunicação e Mobilidade a escala humana – os limites da cidade.
  8. Coworking, produção local, energia autossuficiente e smart city
  9. Paisagem, padrões de identidade cultural e turismo.

Planejamento Estratégico-Ecossitêmico-Participativo


Caos e ordem formam parte da natureza, o caos entrando a caminhar na floresta, e a ordem rigorosa e harmônica do desenvolvimento das folhas dos xaxins.

Caos e ordem existem na cidade, estressante, multiactuante, multiespetáculo, rigorosamente pautada pelas portarias municipais.

A conjunção de uma cidade ecossistêmica será também caótica e ordenada, e ainda uma combinação harmônica dos dois mundos, o ecossistema com as suas regras e necessidades e a dos humanos, com seus comportamentos cada vez mais cientes de que o espaço natural precisa de respeito nas suas energias, água, processos tróficos em troca de serviços ambientais

Precisamos do planejamento para esse projeto-processo andar bem.

E tem várias tecnologias a nosso dispor, como o “dragon dreming” e outras, que incluem sempre a participação transparente e inclusiva os processos de governança sociocrática e os informes de ecólogos entre outros,


Biorregionalismo, Ecovilas, eco-bairros, dimensão coerente da cidade.

No planejamento da cidade-região vamos utilizar o conceito de biorregionalismo, proposto nos anos 60 para repensar o território não mais sobre uma base de geografia política herdada de guerras, espólios e da propriedade da terra, para passar a entender a terra segundo os biomas dos continentes e dentro deles os diferentes ecótonos. As dimensões de estar biorregiões normalmente correspondam-se a vales e sub-vales de rios e riachos, de forma que organicamente formam uma comunidade com o fio condutor da água.

Eco-bairros seriam as células menores desta hierarquia territorial região-cidade. E neles que está depositada a célula menor de decisão político social. E também os que determinariam essa medida máxima de 10.000 Hab, e 4 Km de diâmetro, sempre dependendo da fertilidade e densidade bioclimática que as construções permitem.

O eco-bairro deve manter um nível importante de autossuficiência, sobretudo respeito a água, e energia, e trabalhos essenciais como maestros e sanadores. Contando também que a administração da segurança alimentar pode ser satisfeita, ainda que não contemple uma diversidade de frutos e vegetais muito além das possibilidades da fertilidade e o clima local.

Propondo igualmente que espaços de co-working sejam suficientes para a produção de todos os bens que hoje entendemos como estândar de conforto.


Habitação Cooperativa, cohousing e bioclimática urbana.

A habitação vai ser fornecida pela comunidade em forma de concessão de uso a perpétuo e com a possibilidade de herdar ela pelos descendentes de forma que a especulação imobiliária deixa de ter sentido, mas assumindo que despesas de manutenção na qualidade dos equipamentos e das condições de habitabilidade devem ser cobradas pela própria cooperativa de usuários

Os edifícios são construídos com materiais biocompatíveis e de longa durabilidade ainda que biocompatíveis, de forma que não contenham risco a saúde no fim do seu ciclo de vida. Isso é possível com bases minerais, madeira, terra, resinas naturais, e das várias fibras vegetais de alta resistência, sem petroquímicos.

Os projetos contemplaram o consumo de balanço 0,0kw para esses edifícios de forma que consumam o mesmo que produzam de energia, Basicamente com princípios de bioclimatismo passivo na sua máxima expressão, coleta de radiação solar, efeito estufa no interior e ventilação controlada por intercambiadores.

 


A cidade para as Crianças, a cidade universal e o foro da assembleia.

Nas últimas décadas várias propostas de urbanistas aportaram conceitos indispensáveis para os novos planos urbanos: conceitos como a cidade pedestre, a cidade das crianças, a cidade feminina, a cidade sem discriminação de raça de classe, para idosos… visões que faltavam, e foram se somando a processos de análise das realidades construídas, para planos e programas de revitalização de centros históricos que, estavam se esvaziando e degradando ou programas de novos assentamentos no extra-radio, mal comunicados e candidatos a guetos afastados.

Criança significa obrigatoriedade de ter jogos na rua, e gerar uma cidade com mais interação e empatia. A cidade onde poder correr sem medo a ser atropelado, a cidade onde parar para ver uma borboleta ou uma libélula. Seria uma cidade melhor ?

E a cidade com esse foro público onde debater os assuntos em assembleia, esse lugar onde celebrar as festas, e todos e todas tenham seu lugar.

O processo educativo, as escolas e universidades são o centro neurálgica das cidades contemporâneas, claro que a educação a distância está substituindo esse sistema presencial a ritmo desenfreado. Só que já não estamos mas falando da formação especializada que ate agora nos conduzia a universidade. Temos que falar desse passo da puberdade ate a madurez, desse tempo da independência dos filhos, para criar a seu próprio grupo ou família. Isso precisa de um tempo e um espaço específico, que acostuma (ate melhor) não ficar perto do bairro de nossa infância, tratasse de conhecer a diversidade do mundo, a diversidade de casses. De opiniões, de pessoas de outras culturas inclusive. Hoje a universidade e o maior catalisador deste efeito, junto as cidades “jovens” como Amsterdam, Barcelona, Berlim, San Francisco, etc… as cidades de moda.

Este efeito atração para jovens, esse efeito libertador da universidade ao mesmo tempo cria novas ecovilas, como Finhorn (Escócia), ou Auroville (Índia), Taliessin2 (Nevada) mas também pode ser o melhor argumento para cidades históricas se revitalizar.


Espaços públicos transcendentes, integrados, harmônicos e terapêuticos.

Nos acostumamos a um espaço público sem atributos, cinza de mais, sem outro objetivo que ser lugar de passo da nossa casa a nosso trabalho, ou ainda lugares de ócio como shoppings, cinema o restaurante, mas desvalorizando o rico que pode ser esse trânsito pela cidade e esse tempo no entorno comum.

Mas não e assim biofisicamente, na rua o nosso corpo e nossos sensores estão tao ativos como em casa o outro lugar. A rua, a avenida, a praça tem que ser bonitos e harmônicos de mais, para criar precisamente essa cidade reflexo de cidadãos plenos e felizes. Reflexo da diversidade cultural e biológica, reflexo de uma identidade mais poderosa do que a soma dos seus cidadãos.

Uma cidade onde simplesmente passeando por ela já tenha efeitos terapêuticos, onde possam se achar espaços especiais onde meditar, fazer ioga, dançar, ou qualquer outra prática saudável forme parte da paisagem.


Água, hortas, reciclagem e permacultura.
Elementos do desenho urbano.

A água modela a orografia das ruas porque é uma com o córrego da água, a drenagem e a depuração. E o “desenho” florestal de árvores, jardins e hortas segue igualmente o percurso da água.

O gerenciamento da água e que cria lugares não desérticos e não alagados. O gerenciamento da água que proporciona comida de todo tipo.

Com água criamos espaços de ócio como piscinas, e de terapia como temas e saunas.

Das hortas e os jardins saem alimentos e chega material orgânico para compostagem, de água e material orgânico temos tanques de depuração de águas cinzas e negras para reincorporar aos fluxos naturais sem contaminação.

Os sistemas de depuração biológica da água são eficientes para pequenos grupos de habitação entre 3 e 20 famílias, e isso significa criar espaços de depuração em cada prédio ou condomínio. Já imaginam ter os rios sempre limpos !

De ver a água fluir na rua ficamos cientes das épocas de estiagem e a certeza de si temos ou noa reservas, ficamos sabendo dos limites e a nossa pegada ecológica mais crítica.

Permacultura… Sintropismo… Biodiversidade….


Comunicação e Mobilidade a escala humana – os limites da cidade.

As cidades têm limite territorial, e vai se calcular seguindo parâmetros de pegada ecológica de capacidade de carga e capacidade cognitiva coerente.
É dizer, a cidade vai ser pautada por algoritmos de funcionamento com os inputs de energia e matéria que entra e sai do seu sistema, definindo esse sistema coma cidade construída a sua região agrícola que sustenta e alimenta seus habitantes, e resto das matérias primas necessárias, assim como as superfícies naturais que prestam os respectivos serviços ambientais necessários como água, ar limpos, e biodiversidade livre. Essa área resultante vai ser logo a base para o desenho das logísticas de mobilidade e acessibilidade universal.
Das tecnologias de mobilidade vão ser priorizadas aquelas que permitem a mínima deslocação, aprimorando serviços digitais em rede, seguindo por serviços unipessoais sem consumo de energias fósseis como bicicletas, e similares, seguindo por transportes públicos com energias o máximo de limpas como hidrogênio, biocombustíveis ou eletricidade, e finalmente veículos de transporte de pequenos grupos privados com combustíveis fósseis só ate as tecnólogas limpas possam suprir este setor de transporte.
Comunicação o turismo a outros ecossistemas-cidade poderão criar (e ou melhorar os existentes) modelos de transporte sempre que a comunicação entre as regiões ponta de partida e chegada assim como todas as regiões intermédias pelas que passe convenham em acordo a sua participação, beneficio e responsabilidade sobre a parte de infraestrutura que lhes atinja e não gere desequilíbrios entre nenhuma das partes.
Isso acontecer à entre regiões mais e menos ricas em fertilidade do território ou atrativos turísticos por exemplo.


Coworking, produção local, energia autossuficiente e smart city

Como será a produção para cidades ecossistêmicas ? Se ha introduzimos os conceitos de corrente de valor e corrente de confiança entre stakeholders, assim como os conceitos de economia circular, e de circunscrição à biorregião, debemos pensar em processos produtivos que encaixem nestas diretrizes. Valoração dos recursos naturais da região, tanto biofísicos como energéticos levaram a distritos industriais igualmente inseridos na cidade, onde mobilidade casa trabalho vai ser minimizada, porque efeitos contaminantes vão ser anulados também, e produções de pequena escala: Produção local, Km 0,0 vai ser capaz de gerar bem-estar as famílias.

Pequenas e grandes impressoras 3D vão substituir facilmente as grandes naves industriais, como montadoras de automóveis, ou as próprias impressoras 3D, Quanto vai custar ter uma pequena sala de fabricação pessoal de chips em nanotecnologia?

Atualmente a capacidade de operar tornos, fresas, prensas e cortadoras laser, e impressoras 3D permite a fabricação de um reduzido número de peças para construção que quase qualquer aparelho ou do seu conserto.

No paradigma “desenvolvista / progressista”” (tanto capitalista como comunista) o indicador de progresso era uma somatória de toneladas de metais fundidos, toneladas de aço e alumínio, quantidade de carros e eletrodomésticos inclusive de TI produzidos. Já nas contas de IDH aparecem a contabilidade de crianças alfabetizadas, número de camas de hospital e de mortes por fome. Nas localidades de população estas valorações vão ser bem diferentes.
Hoje temos mais de um carro por família, vários smartfone por cabeça como itens que marcam famílias com capacidade de se desenvolver no mudo moderno, mas também as cidades terão a medida em relação aos campos e hortas necessários para sua população, e por tanto ninhem vai passar fome. Os indicadores de Tm de aço ou de tijolos serão medidas trocadas por Tn de subprodutos reciclados.


Paisagem, padrões de identidade cultural e turismo.

Porque a maioria das cidades modernas são tão feias, comparado com cidades e povos antigos ou como os seus próprios centros históricos? Como é possível que a própria declaração da carta de Atenas que define que a arquitetura moderna considere a estética um fator principal e importantíssimo para a cidade, enquanto vilas e centros históricos antigos não tinham esse pacto social sobre proporções, e nem com a pedagogia da estética, tao valorada com as vanguardas do movimento moderno de inícios do século XX?
Os conceitos estéticos foram bem entendidos, uma maioria de arquitetos entenderam, mas não assim com os urbanistas, que permitiram o caos da cidade sem sequer perceber o que estava acontecendo.
A cidade deveria ser construída com linguagens compartilhados, o como mínimo por bairros, criando e mantendo identidades formais e icônicas, identidades visuais e paisagísticas.